🔧 O Mecânico e o Passivo Afeminado
Era uma tarde quente quando meu carro furou o pneu bem na porta de uma oficina daquelas que parecem saídas de um filme de testosterona. Meu nome é Júnior, tenho 24 anos, cabelo descolorido com raiz escura, brinco de argola e unha pintada. Sempre fui delicado, chamativo, daquele tipo que a vizinhança olha e cochicha. Mas naquele dia, quem me olhou com intensidade foi ele.
O nome dele era Murilo. Devia ter uns 38 anos. Alto, braço grosso, barriga leve mas firme, barba por fazer, macacão sujo de graxa que deixava o peito meio aberto. Tatuagens nos braços e um cigarro no canto da boca. Quando me aproximei, ele olhou de cima a baixo com um ar de quem desmonta carro e desmonta gente também.
— Problema no pneu, princesa? — ele disse com aquela voz grave, quase debochada, que fez meu corpo inteiro se arrepiar.
Fingi que não me abalei, mas gaguejei ao responder: — F-furou ali na esquina... você pode ajudar?
Ele largou o cigarro, pegou uma chave inglesa, estalou os dedos e me mandou encostar o carro. Segui obediente. Me senti observado o tempo todo — do jeito que andava, do jeito que falava, até o modo como tirava o óculos escuro.
Enquanto trocava o pneu, Murilo suava. O sol batia na pele bronzeada dele, a graxa escorria do braço até a luva rasgada. Eu ali, sentadinha no banco, cruzando a perna e imaginando coisas que nem posso contar.
— Você tá me olhando demais... quer ver mais de perto? — ele soltou sem parar o serviço.
Eu ri, sem graça. Mas dentro, eu já tava entregue.
Quando ele terminou, bateu na lataria com força: — Pronto. Mas você ainda tá me devendo uma coisa... entra ali na sala dos fundos.
Meu coração disparou. O ar-condicionado da sala era gelado, mas eu tava quente. Muito quente. Ele trancou a porta, encostou no batente e me olhou como quem quer devorar. E eu? Só consegui perguntar: — O que eu te devo?
Ele se aproximou, tirou a luva e passou o dedo na minha boca: — Respeito. E entrega.
E então me virou de costas, segurando firme na minha cintura.
Murilo me virou com uma facilidade que me tirou o fôlego. Apoiei as mãos na bancada de metal gelado, enquanto ele chegou bem perto por trás. O cheiro dele era mistura de graxa, suor e testosterona. Um cheiro que grudou em mim e fez o meu corpo inteiro se arrepiar.
— Você tá acostumado com florzinha? Aqui é oficina, princesinha... — ele sussurrou no meu ouvido, enquanto puxava meu short com firmeza.
Meu short caiu no chão. Fiquei de cueca, respirando forte, mordendo os lábios. Senti as mãos dele deslizarem pelas minhas coxas, abrindo caminho sem delicadeza. A bancada tremeu com a força do corpo dele encostando no meu. O macacão meio aberto revelava parte do abdômen suado, e o volume ali embaixo já deixava claro que Murilo era daqueles que sabiam o que tinham e sabiam usar.
Quando ele me puxou pelos cabelos, encostando minha cabeça contra o ombro dele, eu gelei — de tesão. As palavras que ele murmurava no meu ouvido pareciam ordens. E eu obedecia. De quatro, com a alma exposta e o coração batendo na garganta, senti ele rasgar minha cueca com os dentes, com uma brutalidade calculada.
— Vai pedir com jeitinho ou vai gemer sem controle? — ele disse, lambendo meu pescoço.
Tentei falar, mas só saiu um suspiro profundo. Minhas pernas tremiam. Ele passou os dedos nas minhas costas, e depois deslizou até chegar no meu ponto mais sensível. Apertou, massageou, invadiu com os dedos primeiro, preparando o caminho como se soubesse que o prazer vem antes da posse total.
A cada toque, minha respiração se perdia. Murilo me usava como queria, com a força de um homem que domina e o olhar de quem se diverte vendo o outro se render. Eu já nem sabia mais onde começava meu corpo e onde terminava o dele.
Naquele momento, a oficina deixou de ser só um espaço de trabalho. Virou um templo do desejo, um território onde ele era o rei — e eu, o súdito feliz em me ajoelhar.
Ele me virou de frente e me colocou sentado na bancada. Tirou o macacão até a cintura. O peito peludo, marcado por tatuagens, se aproximou do meu rosto. Eu beijei ali, com devoção. Senti a rigidez dele encostar na minha coxa e soube que o melhor ainda estava por vir.
— Agora é sua vez de retribuir, boquinha pintada... — ele disse com um sorriso torto.
E eu desci, como quem conhece o próprio destino.
Ajoelhado ali, sentindo o gosto do calor dele na boca, eu entendia o prazer de ser dominado por alguém que sabe o que está fazendo. Murilo segurava minha nuca com firmeza, guiando meus movimentos com uma mão e gemendo baixo com a outra apoiada na parede atrás de mim. Era um som rouco, abafado, que vibrava pelo corpo dele e fazia o meu estremecer.
Quando ele me puxou de volta pelos cabelos, os olhos estavam vermelhos de tesão. Me virou novamente, me colocou de costas pra bancada e me ergueu pela cintura como se eu fosse leve, fácil. Me posicionou, segurou firme e olhou nos meus olhos.
— É isso que você veio buscar aqui, né? — ele disse com a voz baixa, firme.
Assenti com os olhos vidrados, respirando rápido. Murilo me penetrou com força e firmeza. Sem pedir licença. Sem demora. E naquele momento, tudo que existia era o som da bancada batendo contra a parede e meus gemidos abafados entre os dentes.
Ele me invadia como quem toma posse, como quem marca território. E eu me deixava ser marcado, gemendo o nome dele, apertando com as unhas o alumínio velho da bancada, sentindo cada estocada como um golpe de prazer que vinha do fundo. O ar condicionado parecia nem existir mais. Eu transpirava. Suava. Ardia.
— Tá gostando, boquinha de boneca? — ele murmurava, enquanto me estapeava de leve e apertava minha cintura com as duas mãos enormes.
E eu só conseguia responder com sons, com suspiros e com meu corpo se entregando inteiro. Murilo se encaixava em mim como se tivesse sido feito pra isso. Como se aquela cena tivesse sido escrita antes mesmo de a gente nascer. Um mecânico e um passivo afeminado. Duas realidades que se encontraram e se fundiram em calor.
O ritmo aumentava. Ele me inclinou um pouco mais, puxando meu cabelo pra trás, forçando o contato visual. E ali, naquela troca de olhares, eu soube que não era só uma transa. Era uma entrega. Era desejo cru.
Ele gozou gemendo baixo no meu ouvido, me mordendo o pescoço. Eu gozei logo depois, suando, tremendo, desmanchado. Ficamos ali, imóveis por um tempo, respirando forte. Um silêncio gostoso. Um silêncio de quem fez tudo o que tinha pra fazer.
Quando finalmente nos vestimos, ele me deu um tapa na bunda e disse: — Pneuzinho trocado e cliente satisfeito.
Sorri, ajeitando a blusa. — Mais que satisfeito, Murilo. Você ganhou um cliente fixo.
Saí da oficina com as pernas bambas e o coração acelerado. E nunca mais olhei pra um macacão sujo da mesma forma...
Fim 💋
⚠️ Este conteúdo é parte da sessão "Proibidona 18+" do blog. Indicado para maiores de 18 anos. Leitura sensual, ficcional e voltada ao público queer.