Iza Potter compartilha relato emocionante após ser agredida por homem em SP

Hoje, escrevo com a alma doída.
Não como uma artista. Nem como figura pública.
Mas como uma travesti que sente na pele a dor de ver outra sendo agredida.

Recentemente, minha amiga Iza Potter — mulher trans, influenciadora, ativista — foi brutalmente agredida por um homem dentro do próprio prédio, em São Paulo.
Ela esteve no meu canal dias atrás, rimos, brindamos no Bons Drinks, falamos de autoestima, de afeto... 
E agora, ela virou estatística. Por pouco, não virou luto.

“Uma travesti agredida não choca ninguém” — eu sempre falo isso, e quando esas coisas acontecem eu vejo que realmente eu tinha razão.

Mas infelizmente, é verdade.
Quando uma mulher trans grita por socorro, o mundo tapa os ouvidos.

O CASO

Iza conheceu um homem, levou-o para casa.
O que parecia ser um encontro normal virou um pesadelo.
Ele se recusou a ir embora e, diante da tentativa dela de conduzi-lo à saída, começou a agredi-la com socos, puxões de cabelo, violência.
As câmeras de segurança registraram tudo.
E ainda assim... ele fugiu.
A polícia só chegou depois.
A justiça? Ainda não chegou.

O QUE EU DISSE, O QUE EU SINTO

No vídeo que publiquei, com mais de uma hora de duração, eu não consegui conter a indignação.
Falei com firmeza. Com dor. Com a revolta acumulada de quem já viveu coisas assim.

Aqui vão algumas das falas que marquei, que precisam ecoar além da tela:

“Eu não estou aqui pra passar a mão na cabeça de ninguém. Eu tô aqui pra gritar, pra dar visibilidade a quem precisa. Porque já basta de silenciar nossas dores.”

Essa frase, dita com os olhos marejados, é mais que opinião: é denúncia.
O que aconteceu com Iza acontece todos os dias, mas só vira manchete quando dá audiência.
E mesmo assim, às vezes nem isso basta.

“Se fosse uma mulher cis, branca, rica... o país inteiro tava em luto. Mas é só uma travesti, né? Só mais uma.”

Dói ouvir. Dói escrever.
Mas é a verdade que a gente vive.

“Não foi só a Iza que foi agredida. Foi cada uma de nós. Foi eu. Foi todas as travestis e mulheres trans que andam com medo, que vivem com trauma, que se maquiam pra esconder hematoma.”

Esse trecho me desmontou.
Porque é nesse momento que Luísa deixa claro: o caso de Iza não é um ponto fora da curva.
É parte do sistema de violência estrutural que a sociedade insiste em ignorar.

A REDE DE APOIO

Depois da agressão, Iza publicou um desabafo nas redes.
O rosto machucado. A voz embargada. A coragem intacta.
Muita gente se mobilizou. Campanhas de apoio, denúncias, publicações.
Mas isso ainda não é justiça.

Luísa não se cala:

“Eu não vou aplaudir agressor. Eu não vou fingir que isso é normal. E não vou deixar esse caso morrer na mão do esquecimento.”

ASSISTA AO VÍDEO COMPLETO

Aqui está o vídeo onde eu falo tudo o que precisava dizer.
É longo, mas cada minuto importa.
Compartilhe. Reflita. Reaja.

Esse post não é só um relato.
É um chamado.

Se você me acompanha, se você me respeita, se você entende o que é empatia — não ignore o que aconteceu com Iza Potter.

Compartilhe. Denuncie. Fale sobre isso.
Porque enquanto a dor de uma travesti continuar sendo ignorada, a sociedade inteira permanece cúmplice.

“Mais um dia, mais uma luta. Mas hoje, a luta é por todas nós.”
— Luísa Marilac

Essa história não é só da Iza. É de todas nós.

É mais um capítulo triste da violência que tantas travestis e mulheres trans enfrentam todos os dias — muitas vezes caladas, desacreditadas, ou invisibilizadas.

Mas hoje, com coragem, Iza gritou. E eu gritei junto. Porque quando uma de nós é agredida, todas nós sangramos.

Que esse post seja mais do que um registro. Que ele seja memória, denúncia, resistência.

Se você chegou até aqui, não pare no clique. Compartilhe. Comente. Fale sobre isso. A gente precisa ser ouvida.

E que nunca se esqueçam: mais um dia, mais uma luta. Mas hoje, a luta é por justiça. E por vida.

Com amor e força,
Luísa Marilac


Fontes:

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Ad 1

Ad 2